Se passa por você um 'rapaz' de franja, calça apertadinha na canela, all star e lápis nos olhos, qual seu palpite sobre o indivíduo? EMO!
Vamos brincar mais...
Você vê uma menina de salto alto, blusa de alcinha mostrando a barriga, shotinho e brinco de argola. Pra você ela é? PIRIGUETE! PUTA! PIRANHA!
Se alguma vez você já pensou assim não se sinta culpado, você não está só. Mas vale ressaltar, da mesma forma que tachamos também somos tachados. É a força natural da vida.
"Eu não sou emo. Pare de me rotular!"
"Não é só porque uso mini saia e blusa curta que eu gosto de ouvir funk, seu preconceituoso!".
Esse post pode parecer sem sentido, mas vou explicar. O problema é que muitas pessoas ficam
bravas com os rótulos que recebem, mas não percebem que a culpa é delas e só delas.
O que quero mostrar nesse texto é que existe diferença entre PRECONCEITO e ASSOCIAÇÃO.
Falar que todo mundo que mora em favela é marginal, que todo político é ladrão ou então que toda loira é burra, isso é preconceito!
Mas achar que alguém é emo, nerd ou fogueteira não passa de uma simples associação.
Vejam o que a mãe de todos tem a dizer:
Preconceito é um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, racial e sexual.
Observa-se então que, pela superficialidade ou pela estereotipia, o preconceito é um erro. Entretanto, trata-se de um erro que faz parte do domínio da crença, não do conhecimento, ou seja ele tem uma base irracional e por isso escapa a qualquer questionamento fundamentado num argumento ou raciocínio.
O conceito não me desmente.
A definição de tribos é sem dúvidas uma das coisas mais rotulantes que existem, mas evitar isso é impossível. Não classificamos ninguém de emo, banana, pirigueti, playboy, por maldade. Trata-se de um estímulo natural. Nosso cérebro precisa organizar as coisas e sempre procura encaixar um objeto ou um fato a um determinado grupo ou tempo característico. Um exemplo disso é a nostalgia. Quando vemos algo que nos remete nossa infância, logo nos lembramos dela. Isso acontece porque nosso cérebro associou esse fato a algo do tempo de quando eramos pequenos.
Como já foi dito, a maior diferença entre o preconceito e a associação é o juízo fundamentado no raciocínio e não em crenças.
Associar o estilo de alguém, como seu cabelo, suas roupas, ou o gosto musical a um determinado grupo de pessoas é uma atitude lógica e não algo ideológico.
Vaca, fogão a lenha, árvores, chiqueiro, cavalo. Pensou em roça?
Agora volte ao início do texto...
"Se passa por você um 'rapaz' de franja, calça apertadinha na canela, all star e lápis nos olhos, qual seu palpite sobre o indivíduo? EMO!"
Viu como tudo é tão mecânico.
Então meus queridos, antes de sair por ai reclamando que alguém de rotulou, veja se você não se comporta ou se veste como os integrantes de tal grupo.
2 prefiro comentar:
Estava com saudades daqui.
Sempre com bons textos.
Este então, está perfeito.
Não me compare, sou incomum...
Sou todos e cada um.
Pré conceito não. Conhecimento de mundo sim.
Novo blog:
http://programapontog.blogspot.com
quero uma tatoo igual a dela!!!
=O
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